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sábado, 16 de julho de 2011
Efeito placebo é eficaz em asmáticos
Um estudo realizado por uma equipa de investigadores da Harvard Medical School e do Beth Israel Deaconess Medical Center (BIDMC) mostrou que o tratamento com placebos é tão eficaz quanto a medicação activa no tratamento de pacientes com asma. Os resultados foram publicados no «New England Journal of Medicine».
Um placebo é um medicamento que não contem nenhuma substância activa, mas que é administrado como tratamento. Os médicos já perceberam há muito tempo a importância do efeito induzido, especialmente para tratar dores, mas não se sabia que este pode influenciar marcadores objectivos de uma doença.
Os cientistas avaliaram o efeito brônquio-dilatador de um fármaco comparando-o com duas técnicas placebo (um inalador e uma falsa sessão de acupunctura) e os resultados mostraram que os falsos métodos terapêuticos não tiveram efeito na função pulmonar. Em contrapartida, quando questionados, os pacientes diziam sentir tão bem com o primeiro tratamento como com o outro.
O director do programa «Placebo» e autor principal do artigo publicado, Ted Kaptchuk, referiu que os candidatos asmáticos foram preferidos para o estudo porque investigações anteriores sugeriam que os fármacos sem substâncias activas melhoravam problemas clínicos subjacentes.
A ausência do efeito placebo surpreendeu a equipa, após terem medido a actividade da função pulmonar, mas após verificarem as descrições dos pacientes e perceberem como se sentiam, “ficou claro que os placebos são tão eficazes quanto o medicamento activo”.
Para o paciente, o ritual de tratamento é importante e tem poder activo. O estudo sugere que, para além de terapias activas, a ideia de receber cuidados é um elemento essencial para melhorar o bem-estar dos pacientes.
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